Conselho Participativo Lapa patina em verba de R$ 6 milhões
No comando da Subprefeitura Lapa desde 23 de setembro, o subprefeito da Lapa, José Marcelo Costa compareceu à reunião do Conselho Participativo da Lapa (CPM) “com a lição da casa feita”, como frisou Costa ao falar sobre destinação da verba de R$ 6 milhões liberada pela Secretaria Municipal da Casa Civil à Subprefeitura Lapa, de modo que o CPM indicasse, após consulta à população, uma obra regional na qual pudesse ser aportado esse recurso extraorçamentário.
Desde março deste ano, o CPM patina na escolha da obra, tendo já indicado três possibilidades, sendo que as duas primeiras – recuperação das margens do Córrego Água Branca e construção de base do Corpo de Bombeiros e SAMU em terreno na Secretaria Municipal de Habitação foram consideradas inviáveis pela prefeitura. A primeira proposta não foi adiante, pois a recuperação do córrego e revitalização do entorno, já era um projeto com estudo em andamento pago com recursos da Operação Consorciada Água Branca.
A segunda proposta não vingou, pois o terreno em questão na Avenida Imperatriz Leopoldina já está 100% destinado à construção de moradias sociais.
Ao escolher e indicar projetos sem antes ter certeza da viabilidade de cada um deles, e tendo sido alertado sobre as inviabilidades, tanto pelo Cades Lapa quanto pela imprensa, o CPM arrastou a definição até setembro, quando foi decidido que o aporte dos R$ 6 milhões deveria ser feito em obras de drenagem no Córrego Cintra, na Vila Jaguara.
Acontece que não existe na Subprefeitura Lapa ou em qualquer outro órgão da administração pública projeto para esse local, algo que, mais uma vez, o CPM Lapa ignorou.
O subprefeito Costa reconheceu a importância da obra, pois a população vulnerável no entorno do Cintra sofre com alagamentos, mas ponderou as dificuldades de elaboração de um projeto muito complexo em curto espaço de tempo e com prazos de licitação que precisarão ser respeitados.
Costa se comprometeu a dar, rapidamente, um retorno ao CPM sobre a viabilidade ou não do investimento dos R$ 6 milhões na drenagem do Córrego Cintra. Caso não seja possível a utilização da verba para esse fim, o subprefeito verificará com a Casa Civil se existe algum mecanismo de reaproveitamento da verba em 2025.