Antiguidade de garagem
As vezes quem passa pela R. Passo da Pátria se depara com uma garagem aberta e a exposição de quadros, móveis e objetos em exposição. Os desavisados até podem confundir com um “família vende tudo”, mas não é.
É sim um antiquário com a curadoria do Duca, morador do bairro que agora se dedica a encontrar peças raras e a revender o acervo na internet e no circuito de arquitetos e decoração. Experiente, ele mostra o valor de cada item como o selo na cadeira Atma produzida nos anos 60, ou discorre sobre obras/móveis de Jorge Zalszupin, Ademir Martins, Carlos Halner ou Michel Arnoud cujos exemplares saem da garagem para transformar a calçada em um espaço cheio de.possibilides… afinal quem não gostaria de ter uma dessas em casa? Uma tapeçaria Kennedy Bahia, por exemplo?
E a mostra de itens da garagem chama a atenção de quem passa que para e pergunta valor, procura itens para compôr, ou objetos de desejos. Quem quer vender também tem a chance de ter uma avaliação de seus itens sob o crivo certeiro de Duca que bate o olho e revela se a peça “dá negócio”. A garagem aberta é um respiro do acervo porque dá trabalho tirar os itens e mais trabalho ainda devolvê-los. Duca promete separar objetos de decoração menores para agradar o olhar de quem passa pela calçada. “Tem dias que não sai nada, mas tem um dia que vai um lote inteiro”.
O bom mesmo foi a conversa, sentada em uma das cadeiras de grife, admirando um tapete persa e olhando de perto aquela garagem que tanto pode revelar. Para conhecer as peças é só acompanhar a páginas @casadovelhoretro e @bazardoretro.